Não se deve confiar em dentistas (baseado em fatos reais).

Às vezes, acontecem coisas estranhas em nossas vidas, que na hora causam muito pânico e depois, causam muitas risadas, tanto pra quem viveu a história quanto pra quem escuta.

Lembro que, certa vez fui ao dentista, não existe coisa no mundo que me dê mais medo. Chegando lá, o ar-condicionado, cheiro de hospital que me embrulha o estômago, o terror de ver as enfermeiras que ficam rondando a sala de lá pra cá, a demora que faz com que eu tenha uma enorme vontade de sair correndo e a cara das pessoas que entraram antes de você e estavam saindo. Prefiro assistir Jogos Mortais – A Saga Completa do que ter que ir à dentista.

Mas, eu não podia voltar atrás, princípios morais, higiene pessoal e pressão dos pais contam muito na hora de tomar a decisão de sentar naquela cadeira de torturas, com todos aqueles aparelhinhos, ganchos de ferro. Nessa hora meu coração quase pula pela boca.

A dentista, que tinha cara de eu-vou-tentar-fazer-não-doer, pede, gentilmente, para que eu me sente na cadeira, e nessa hora todo o meu corpo gela, meus pés soam frio, dou um sorriso de nervosismo total, e me entrego ao sofrimento da consulta.

Claro que eu sei que a dor será momentânea, o pior é esse momento que parece que não vai acabar nunca, e chorar na idade em que eu estou não ia pegar muito bem. Penso: “Vou dizer que foi engano, que na verdade eu vim fazer coleta de sangue, e que colocaram meu nome no dentista por descuido, saio correndo e ninguém vai perceber, quando chegar em casa digo aos meus pais que só fiz aplicação de flúor e tudo ficará bem”. Tarde demais, o zunido do aparelhinho começou, minha boca já está aberta, olhos cerrados esperando pela dor, mãos apertando fortemente os braços da cadeira.

Começou.

Ela olha pra minha cara com aquele olhar: “Vou tentar deixar o mais indolor possível” e diz:

- Vou fazer uma limpeza no seu dente de trás, me deixa só aplicar uma anestesia, e não vai doer nada. – “dente, agulha, anestesia, dor... Essas palavras não poderiam ser usadas juntas numa mesma frase”.

- É claro. – e eu sempre faço a mesma pergunta, num sei por quê. – Vai doer? – Pergunta idiota, eu já sei a resposta.

- Não, eu vou aplicar anestesia e não vai doer. – “todo médico diz isso e no final sempre dói”.

Lá vem a dentista, com duas seringas, nem preciso dizer que meu coração fez uma turnê pelo meu corpo todo, e que eu engasguei e tive que me levantar na cadeira e esperar alguns segundos para que eu saísse do estado de choque em que estava.

- Deite e abre a boca. Mantenha a boca aberta.

Ela me garantiu que não ia doer três vezes, mais eu já sabia que não era verdade e, a cada movimento brusco que ela fazia, meu coração acelerava, eu estava vendo a hora morrer de ataque cardíaco na cadeira do dentista. Foi quando aconteceu o que eu mais temia, o negócio que fica zunindo, aquele aparelhinho que me faz arrepiar só de lembrar o barulho que ele faz, acertou em cheio algum lugar do meu dente e deu aquela dorzinha fina. Pulei na cadeira e a dentista ainda teve coragem de perguntar:
- Doeu?

- Uhum. – “pelo amor de Deus, termine logo com isso!”.

E lá vem ela com o ganchinho, e enfiou pra lá, colocou mais uma vez o negócio que zune e então fez um curativo e disse que acabou. Respirei fundo, que alívio, mais ainda com um problema, minha boca estava dormente por causa da anestesia. Não sentia nada e tinha a sensação de que o meu lado direito do rosto havia crescido e que eu estava com um melão na face.

Tentei falar:

- Quanto tempo vai demorar pra passar o efeito da anestesia?

- Duas horas.

Sem mais agradecimentos (aliás, eu precisava agradecer pelos piores minutos da minha vida?) e nem despedidas, tratei de fugir daquele lugar.

LIBERDADE!!!

Encontrei algumas amigas, tentei falar com elas, mais o que saíam eram gemidos e falas fanhas que me envergonharam bastante. Resolvi desistir de continuar falando e tentei me comunicar por sinais, tentando expressar que eu não estava podendo falar.

Nada feito, elas não entendiam, tive que escrever. Esperei ansiosamente duas horas pra que pudesse falar normalmente de novo, e nada. Três horas, nadinha. Quatro, cinco, e consegui começar a falar, mesmo sentindo um caroço enorme na minha boca. Depois ela começou a formigar e finalmente o efeito passou.

Me deu um sono, peguei o ônibus pra ir pra casa e dormi o caminho todo. Não quero nem imaginar como estava a minha cara dormindo, se estava de boca aberta ou babando. Quando acordei era hora de voltar pra casa.

Longe do dentista, não por muito tempo. Sinto que vou ter pesadelos por semanas. E nunca mais confiarei em dentistas (como se eu já confiasse).



ai ai pena que tem aquela história de direitos autorais então vou ter que colocar
Hist
ória criada por Amanda Ribeiro e não por Luh

fazer o que? ^^


4 comentários:

  1. Tipo, o post ficou massa gostei gerals' a historia é legal, pena qe eu nao concordoo "Prefiro assistir Jogos Mortais ?" Nao mesmo, prefiro ir ao dentista, mais tudo bem ;D

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  2. Concordo plenamente!!!!!!
    Filme de Terror tô FORA.

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  3. Num é nem tanto por filmes de Terror, poq eu gostoo!
    Mais é qe eu gostoo mais de Dentista ;D

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  4. Pouts gostei de mais do post. Mas acho que a idéia do autor sobre não confiar em dentistas é meio pscológica. Ainda confio no meu dentista e ja não o acho tão amendontrador quanto realmente era antes, acredito que eu aprendi a lidar com a dor e o fato de que para melhorar algo é necessário haver mudanças, algumas não tão boas quanto machucar algo (dente). Mas enfim, tenho opinião um pouco contrária sobre isso. Gostei do post, bjos!

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